Estudo revela impacto econômico da regulação da inteligência artificial
Um levantamento da consultoria Ecoa estima que o Projeto de Lei 2338/23, que trata da regulação da inteligência artificial no Brasil, pode causar uma perda econômica de até R$ 21,8 bilhões no PIB em dez anos.
O estudo analisa os efeitos de um modelo restritivo de direitos autorais para IA generativa, proposto no PL, e aponta que a medida pode reduzir a produtividade em setores estratégicos da economia.
Como a inteligência artificial impacta o PIB brasileiro
A adoção de soluções de IA generativa em diferentes setores já vem impulsionando a produtividade do trabalho. De acordo com a pesquisa, utilizando metodologia alinhada a órgãos como OCDE e FMI, a IA pode gerar um crescimento acumulado de 3,2% no PIB do Brasil na próxima década.
Setores mais beneficiados pela IA:
Saúde: diagnósticos mais rápidos e eficientes;
Agronegócio: aumento de produtividade agrícola com dados preditivos;
Jurídico: automação de análises e apoio em decisões.
O risco do PL 2338/23: restrição de dados e menor produtividade
O PL da IA (2338/23) propõe um modelo de remuneração de direitos autorais que pode restringir o acesso a dados necessários para o treinamento de sistemas de inteligência artificial.
Segundo a Ecoa, se o acesso a dados for limitado, o impacto positivo da IA no PIB cairia de 3,2% para 3% em 10 anos — o que representa uma perda econômica de R$ 21,8 bilhões.
Evidências para o debate sobre regulação da IA no Brasil
O levantamento faz parte das ações do Observatório de Inteligência Artificial e Regulação, que busca trazer evidências empíricas para o debate público.
A pesquisa reforça que políticas públicas devem equilibrar proteção de direitos autorais e inovação tecnológica, evitando a criação de barreiras que reduzam a competitividade do Brasil no cenário global de IA.
Confira a íntegra do levantamento da Ecoa e entenda como a regulação pode afetar a economia.